Crítica - "Aves de Rapina - Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa"

Aves de Rapina – Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa (2020) é um novo filme com a presença da minha louquinha favorita dos quadrinhos da DC Comics. Harley Quinn ou Arlequina (Margot Robbie) está de volta depois de Esquadrão Suicida (2016) e muito melhor do que nunca. Agora independente e separada do Coringa, ela se junta a Canário Negro e Caçadora alem da policial Renée Montoya para proteger a adolescente Cassandra Cain de um poderoso mafioso de Gotham que quer a cabeça dela a prêmio.
Baseado nos quadrinhos da DC Comics, Aves de Rapina – Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa é dirigido por Cathy Yan e roteiro de Christina Hodson alem da produção da própria Margot Robbie. O resultado, é um filme completamente diferente tanto em roteiro como em abordagem da Arlequina em relação a tudo relacionado a sua vida.
O filme ficou uma mesclagem muito legal trazendo vários elementos alem de easter eggs tanto dos quadrinhos atuais da Arlequina quanto dos quadrinhos antigos das Aves de Rapina com a exceção da Oráculo de Barbara Gordon.
Usando a técnica de “quebra da quarta parede” em que o personagem conversa com o público diretamente (como também acontece com Deadpool), o filme é narrado pelo ponto de vista da Arlequina, ou seja, em alguns momentos do filme as histórias vão ficar sem sentido por não terem uma forma muito linear na hora que a Harley está contando uma certa parte da historia e pode voltar atrás para ela mesma fazer sentido.
Em relação a Esquadrão Suicida, primeiro filme em que a personagem apareceu deu para ver uma diferença gritante em como a personagem foi introduzida. No primeiro filme alem de só lembrar dela como louca e uma personagem sexy, enfantizando praticamente somente o seu minúsculo vestuário, nesse temos um background mais elaborado da personagem lembrando das suas várias nuances, seus gostos, desgostos, mas que ela também é uma psiquiatra formada (fato que ela lembra em alguns momentos da trama) e agora ela também possui seu próprio apartamento com uma Hiena de estimação chamada Bruce (nos quadrinhos ela tem duas : Bud e Lou) alem de um Castor de pelúcia (nos quadrinhos, o Castor que é fruto da imaginação dela inclusive conversa com ela).
Depois de se meter em uma encrenca com o mafioso mais poderoso de Gotham, Mascara Negra (Ewan McGregor), a adolescente Cassandra Cain (Ella Jay Basco) acaba cruzando o caminho de Arlequina, e consequentemente de Canário Negro (Jurnee Smollett-Bell), que trabalha para Mascara Negra e Caçadora (Mary Elizabeth Winstead) que busca vingança pelo assassinato de sua família.
Buscando um novo rumo para a sua vida longe da proteção e imunidade que o status de “namorada do Coringa” lhe dava, Arlequina acaba simpatizando e acolhendo a adolescente enquanto tenta resolver suas questões mais particulares. E enquanto tenta proteger a menina, ela acaba trombando com Canário e Caçadora, alem da policial Renée Montoya (Rosie Perez).
No melhor estilo “Girl Power”, o filme é divertido, engraçado, cheio de ação mas também com momentos mostrando a amizade e apoio entre as personagens femininas. Essa é a primeira vez que as personagens de Aves de Rapina aparecem no cinema. Na TV elas já apareceram em sua própria série com o titulo de Birds of Prey além de episódios do desenho animado Liga da Justiça Sem Limites.
Margot Robbie repete o papel de Arlequina e mais uma vez consegue entrar na cabeça da personagem como ninguém. A Voz, os trejeitos e maneirismos estão todos lá e agora a personagem com mais destaque e com Margot na produção também, deu para desenvolver melhor a caracterização da palhacinha mais doida de Gotham que agora além de inimigos, também conta com alguns amigos. E mesmo sem a proteção do seu "pudinzinho", ela agora consegue se virar do seu jeito Arlequina de ser e conseguir tocar a vida da melhor maneira que pode, mesmo com alguns atropelos e perseguições.
Aves de Rapina – Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa estreou hoje nos cinemas e está sendo distribuído no Brasil pela Warner Bros Pictures.