Imagem capa - Crítica: O Esquadrão Suicida (2021) por Louise Duarte
Nos Cinemas

Crítica: O Esquadrão Suicida (2021)




Depois de cinco anos ausentes, a equipe mais louca de anti-herois se junta para mais uma missão organizada por Amanda Waller (Viola Davis)  na Costa Maltese, uma missão que somente a equipe mais louca e obviamente suicida seria capaz de topar. Harley Quinn (Margot Robbie) está de volta ao Esquadrão Suicida depois de passar um tempo com as Aves de Rapina no ano passado, embora os filmes não tenham conexão entre si mas é importante lembrar a trajetória da personagem


Em O Esquadrão Suicida, James Gunn de Guardiões das Galáxias usa a sua própria linguagem cinematográfica para reescrever a história da equipe nos cinemas visto que o filme de 2016 dirigido por David Ayer não foi muito bem aceito pelos fãs e críticos e conta com vários problemas. O Esquadrão Suicida está mais fiel aos quadrinhos é bem verdade (fiel até demais com as cenas grotescas de sangue, cabeças sendo decepadas e coisas do gênero) e a fotografia também está sensacional, especialmente alguns dos takes da Arlequina que lembram muito alguns dos quadrinhos centrados nela mas mesmo assim, o roteiro ainda apresenta algumas falhas o que deixa a história um pouco confusa assim como o amontoado de personagens que não criam uma conexão com a audiência e que logo são descartados sem muitas explicações. 


Tirando Harley, agora a equipe é liderada por Sanguinário (Idris Ilba) e além de Harley que agora é um espírito livre, longe de relacionamentos amorosos abusivos, também fazem parte da equipe principal Capitão Bumerangue (Jai Courtney), Rick Flag (Jai Courteney) , Pacificador (John Cena), Caça Ratos 2 (Daniela Melchior) e Sábio (Peter Capaldi) também conhecido como Pensador nos quadrinhos. Baseado nos quadrinhos criado por John Ostrander, o filme faz uma bela homenagem a fase oitentista do time de criminosos. 


Amanda Waller a serviço do governo americano,  recruta os anti-heróis novamente, enviando-os dessa vez para a ilha de Corto Maltese em outra missão suicida já que os criminosos são obrigados a ajudá-la em novas missões para a redução de suas penas em Bella Reeve ou para evitar chantagens emocionais da própria Waller no caso de Sanguinário já que Amanda usa seu poder de influência ameaçando mandar a filha dele para a prisão caso ele não coopere com a nova missão.  Assim, mesmo a contragosto, eles se unem para encontrar o Sábio que possuia informações preciosas que não poderiam cair em mãos erradas, mas chegando lá eles ainda precisam lidar com um vilão ainda mais poderoso que poderia acabar escravizando a humanidade e cabe aos criminosos mais loucos salvarem o mundo! 


Apesar desse filme as cenas entre os personagens serem bem divididas, as cenas centradas em Arlequina ainda são as melhores cenas do longa mesmo porque ela é a personagem que a audiência criou mais vínculo desde a sua criação, sem contar que Margot Robbie rouba a cena cada vez que a palhacinha do crime aparece. Acho que está mais do que na hora da personagem ter um filme solo somente seu, sem outros personagens coadjuvantes para dividir atenção. Quem sabe um futuro filme da sua relação com a Hera Venenosa não seria interessante já que a própria Margot disse em entrevista recente de que gostaria de explorar a dinâmica já que elas se casaram recentemente nos quadrinhos e na animação. 


Idris Ilba, é a segunda melhor coisa do filme, substituindo Will Smith no filme anterior que não voltou para esse novo filme. Apesar de ser obrigado a participar da missão suicida por conta das constantes ameaças de Waller a sua filha, Sanguinário se torna o líder dos criminosos e apesar de sua reputação ele tem um lado bom como mostra nas cenas em que divide com a Caça Ratos 2 mostrando um lado mais fraternal que não chegou a dividir nem com a própria filha nas vezes em que ela o visitou na penitenciária de Bella Reeve. A própria história da Caça Ratos 2 mostra uma conexão dela com o pai que lhe ensinou tudo sobre como controlar ratos, o que foi bastante útil no desenrolar na trama do filme. 


Claro que se tratando de James Gunn, tinha que ter bichinhos fofinhos e estranhos no longa, senão não seria um filme dele e nesse temos vários como o Tubarão Rei,  a Doninha, além do rato de estimação principal da Caça Ratos 2. 


O Esquadrão Suicida da DC Comics é dirigido por James Gunn e está sendo distribuído pelo Warner Bros e estreia no Brasil no dia 6 de agosto de 2021 simultaneamente nos cinemas e na plataforma de streaming HBO Max